A Mandata Pretas Por Salvador (PSOL/BA) visitou a Ilha de Maré, nesta terça-feira (13/07), para prestar apoio a companheira Eliete Paragassu, mulher negra, feminista, marisqueira, quilombola e Liderança Comunitária. Eliete está sendo vítima de ataques caluniosos e difamatórios em função da reprodução de racismo e machismo estrutural. A ida à Ilha foi uma oportunidade da Mandata conhecer de perto as lutas e enfrentamentos desenvolvidos por Eliete, frente a comunidade. Na oportunidade, as Pretas aproveitaram para conhecer também a exploração dos poços de petróleo da Petrobras existentes no local desde a década de 70.
“Hoje é um dia produtivo. Descemos de bonde com a nossa Mandata para prestar solidariedade a essa companheira que desenvolve um trabalho tão representativo, necessário e sério para essa região. Queremos conhecer de perto tudo o que ela faz e mostrar que ela não está sozinha, diante das perversidades e violência que a mesma vem sofrendo. Vamos tomar providências legais contra os ataques. Para além disso, é preciso continuar fazendo o enfrentamento ao racismo ambiental praticado pela Prefeitura Municipal de Salvador e pela Petrobrás ”, disse a co-vereadora da Mandata Laina Crisóstomo.
Com uma atuação forte, Eliete luta há duas décadas, de forma incansável, pelos direitos das comunidades da ilha, fazendo enfrentamento contra as empresas poluidoras da baía de Todos os Santos e órgãos ambientais, quando necessário. Seu posicionamento, tem incomodado um grupo com interesses escusos ou inescrupulosos, que não têm economizado ameaças físicas e falas públicas caluniosas sobre a companheira. Tais acusações chegaram a mídia, porém, de forma totalmente excludente, difamatória e caluniosa, a reportagem exibida no programa Balanço Geral, ouviu só um lado e ainda se referiu a Eliete como “Ignorante”. Além de pedir o direito de resposta no programa, a marisqueira fez um abaixo assinado em sua rede social, que já contabiliza mais de 330 assinaturas, com uma nota de repúdio, solicitando também que seja feita uma retratação pública.
“A imprensa é, acima de tudo, responsável perante a comunidade por averiguar as informações antes de divulgação, pautando-se nos direitos humanos que proíbem qualquer forma de discriminação e calúnia, reproduzindo Fake News. Não quero nada além do que o justo. Não conhecem a minha história, a minha caminhada e falam sobre mim de forma pejorativa, quero direito a resposta”, disse Eliete Paraguassu.

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