Na Sessão Ordinária desta segunda-feira (13/09), a co-vereadora Laina Crisóstomo, representou a Mandata Coletiva Pretas Por Salvador (PSOL/BA), iniciou a sua explanação pontuando sobre a importância do retorno da Tribuna Popular.
_“A gente precisa construir nessa Casa um processo de escuta e de troca. Não podemos fazer nada nesse lugar sem respeitar os movimentos sociais e a população dessa cidade. E o retorno da Tribuna Popular tem a ver exatamente com a importância de se ouvir aqui a demanda das pessoas, dos movimentos e das organizações, porque somos eleitas e eleitos não para seguir o pleito da nossa cabeça, é sobre a pauta de luta que a gente defende, é sobre a real necessidade das pessoas, somos parlamentares de toda Salvador. Precisamos ter o compromisso com a cidade”_, disse ela, reforçando o quão é cansativo precisar pedir respeito e atenção aos e as demais parlamentares, durante todas as falas: _“No dia do retorno a Tribuna Popular, o desrespeito àqueles que dão voz aos Movimentos Sociais prossegue. Todos os dias aqui é assim. Mas hoje fiquei extremamente incomodada porque, durante a fala de Maria, da Convergência do Clima, não conseguia ouvir o que a companheira estava falando devido as conversas que acontecem por aqui nos bastidores, onde os demais companheiros não prestam atenção a quem está no púlpito. Respeitem a voz de cada uma de nós”_, acrescentou.
Os Projetos da Prefeitura de Salvador, que somente demonstram interesses financeiros e privados, também ganhou espaço na fala da co-vereadora, a exemplo de terrenos que foram desafetados, quando nada é feito para combater o déficit habitacional e garantia de moradia para as pessoas, bem como o desmonte e venda dos espaços dos parques do município e Estado _“É muito desrespeito. Todos os dias vemos a destruição de áreas verdes, comprometendo a natureza, o meio ambiente. Isso tudo para dar sequência a um processo perverso de venda da cidade para a especulação imobiliária. Isso está ligado ao Direito a Cidade, ao processo do desmonte dos direitos a moradia. Há um déficit habitacional absurdo nessa cidade e a gente segue fazendo luta e resistência a partir disso. É sobre ocupar a cidade para além da moradia. Ocupar a cidade para que as pessoas tenham acesso a saúde, aa educação, a qualidade de vida, a esgotamento”_, enalteceu ela, lembrando que a Mantada criou a Comissão de Direito à Cidade.
A fala de Laina foi concluída com a abordagem do Setembro Amarelo e também do Combate a Gordofobia, comemorado na semana passada. _“O cuidado com a vida não deve ser apenas esse mês. É sobre a condição das pessoas. Não dá para combater suicídio sem emprego. Quando não se combate a violência contra a mulher, contra negros e negras, não se combate suicídio. Esse mês, também se celebra a Luta Contra a Gordofobia e nós das Pretas protocolamos o Projeto de Lei (PL) da Semana de Combate a Gordofobia no Município de Salvador e está aberta a Consulta Pública para que a pessoas respondam para que a gente tenha dados no nosso município. Combater a violação de Direitos Humanos é um papel dessa Casa e de todes nós”_, defendeu ela.

Categorias: Notícias