Estratégia foi definida durante o 7° Congresso Nacional, neste fim de semana, e visa derrotar a extrema-direita.
Neste final de semana, aconteceu o 7° Congresso Nacional do PSOL – Partido Socialismo e Liberdade que teve como objetivo principal definir os rumos do partido nos próximos anos e eleger uma nova direção partidária. Na pauta, uma decisão se destacou: com a finalidade de centrar esforços na construção de uma tática eleitoral para construção de uma unidade de esquerda no plano nacional, o PSOL decidiu, nesse momento, não apresentar candidatura própria à Presidência da República.
A decisão foi tomada pela maioria dos 402 delegados e delegadas presentes no Congresso. A iniciativa pretende derrotar a extrema-direita no Brasil e apresentar as prioridades do partido para isso. O PSOL acredita que, somente unindo forças sociais e políticas, será possível derrotar Bolsonaro e, a partir de 2023, lutar pela superação da profunda crise social, política, econômica, sanitária e ambiental que o Brasil se encontra.
É nessa perspectiva que o PSOL convocará, no primeiro semestre de 2022, uma Conferência Eleitoral Extraordinária para tomar as decisões finais sobre a tática eleitoral do partido, e isso inclui política de alianças, distribuição de fundo eleitoral, regulamentação de candidaturas coletivas e outros temas que sejam pertinentes. Nesse momento, o PSOL está aberto ao diálogo com outros partidos de esquerda para derrubar o projeto político genocida de Bolsonaro
“Derrotar a tese de lançamento de candidatura própria, foi uma grande vitória. Acreditamos que a unidade das esquerdas é a única saída para tirar Bolsonaro do poder. Estamos felizes com o resultado da votação porque, acima de tudo, sabemos que esse é o caminho para a construção de um PSOL menos sectário, e mais popular, que não subestima a extrema direita genocida. Temos certeza que a Conferência Eleitoral irá definir a melhor estratégia para as eleições. Enquanto isso, continuaremos ocupando as ruas e lutando para que o impeachment de Bolsonaro aconteça”, pontuou a co-vereadora da Mandata Coletiva Pretas Por Salvador (PSOL/BA), Laina Crisóstomo.
Foi definido também a superação da cláusula de barreira como tarefa estratégica do partido para as eleições de 2022 e a construção de bancadas cada vez maiores e mais representativas para derrotar o projeto de exclusão da extrema-direita e apontar saídas para o país. Entre as propostas aprovadas na resolução sobre a organização partidária, estão o recadastramento de todos os filiados e filiadas do PSOL para que a direção do partido possa criar canais de contato direto e permanente com todos, todas e todes, meios de consulta direta à militância do partido, entre outras iniciativas que buscarão uma “Revolução Democrática” na organização partidária do PSOL.
Além disso, o PSOL institui uma Executiva Nacional de 19 membros e um Diretório Nacional com 61 membros para a gestão que comandará o partido entre os anos de 2021 e 2023.
Vale lembrar que quem venceu o 7° Congresso Nacional do PSOL foi o Campo PSOL de Todas as Lutas, campo que as Pretas Por Salvador atua. O processo congressual do PSOL vem acontecendo desde junho deste ano com a realização de debates virtuais e a participação de filiados em cada cidade brasileira onde o partido está organizado.