O Dia da Consciência Negra inspirou o sétimo dia nacional de protestos pelo ‘Fora Bolsonaro’, em todo o país, neste sábado (20/11). O manifesto foi intitulado ‘#20NForaBolsonaroRacista’ e teve o intuito de denunciar as mazelas do governo facista, genocida de Jair Bolsonaro.

O ato, que reuniu movimentos sociais e estudantis, organizações sindicais e partidos políticos, além de torcidas organizadas antifascistas, reivindicaram o retorno da democracia no país, impulsionaram a luta antirracista, além de denunciar pautas sociais, como aumento da fome no Brasil, do desemprego, de descontrole no custo dos alimentos, do gás, dos combustíveis, da conta de luz e da moradia.

Em Salvador, o #20N iniciou no bairro do Campo Grande e contou com a presença da mandata coletiva Pretas Por Salvador (PSOL/BA). _“Nós estamos aqui nesse dia 20 de novembro, mas essa luta travamos todos os dias a fim de conscientizar a população da nossa cidade. Chega de racismo nessa cidade, nesse país. Foi para o fim do racismo e do machismo que construímos esse coletivo de resistência urbana. Viva o povo negro, viva o povo negro forte. ‘Fora Bolsonaro’, genocida que foi condizente com a morte de mais de 600 mil pessoas de Covid”_, disse a co-vereadora das Pretas Cleide Coutinho.
Em sua fala no ato Cleide ainda pontuou a necessidade do Conselho Municipal da Cidade de Salvador voltar a funcionar, pois a maioria das leis que transitam na Câmara Municipal de Salvador dependem desse espaço.

Nos dois primeiros anos do governo Bolsonaro, a fome aumentou 27,6% no Brasil.

Além disso, mais da metade da população brasileira, em média 116,8 milhões de pessoas estão hoje em situação de insegurança alimentar. De acordo com dados do Olhe Pra a Fome, nessa pesquisa, a maioria das pessoas são negras.
_“Esse é um ato muito simbólico para nós povo preto, justamente porque hoje, 20 de novembro, é um dia de luta mas também de reflexão, que a gente reconstrói as nossas histórias. A maior parte das pessoas que morreram na pandemia até os dias de hoje são pessoas negras e elas não tombaram apenas pela COVID, foi também de fome e da arma do estado. A primeira vítima de COVID foi uma empregada doméstica que foi assassinada pelos seus patrões que pegaram o Coronavírus e exigiu que ela continuasse trabalhando e isso tem a ver com projeto genocida. Por isso estamos aqui fazendo luta em uma marcha unificada: a marcha da consciência negra junto a marcha do Fora Bolsonaro”,_defendeu a co-vereadora Laina Crisóstomo.

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