Na manhã desta segunda-feira (06), a Mandata Coletiva Pretas Por Salvador (PSOL/BA), participou de uma Audiência Pública com o tema ‘Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres’, na Câmara Municipal de Salvador (CMS), presidida pelo vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB). O evento teve a objetivo de promover um espaço de diálogo acerca do processo de conscientização dos homens e formular políticas públicas que assegurem o fim de todos os tipos de violência, em especial contra as mulheres.
Transmitido pela TV e Rádio CAM e também pelo Facebook da CMS, a audiência se destacou também como uma oportunidade de mobilizar os homens sobre a campanha do ‘Laço Branco’, que acontece neste dia 06 de dezembro por todo país. Esse, inclusive, foi o grande ponto da fala da co-vereadora da Pretas, Laina Crisóstomo. “Esse espaço no dia do ‘Laço Branco’, dia dos homens pelo fim da violência, é um espaço não pra gente falar, mas pra ouvirmos o que os homens tem feito de compromisso para o enfrentamento a violência contra a mulher. No último fim de semana tivemos um ato muito potente em Cajazeiras, onde a gente quis reforçar exatamente isso. No ato das mulheres, elas falam para que os homens aprendam e entendam a importância de combater o machismo e fazer o enfrentamento a violência contra mulher todos os dias, porque nós sofremos essa violência todos os dias, então os homens fazem parte dessa luta, queria muito que essa Audiência estivesse repleta dos vereadores da câmara, que todos os dias praticam violência política de gênero contra as mulheres, mas infelizmente são poucos os homens que querem se juntar a luta e as trincheiras de enfrentamento a violência contra mulher”, desabafou a parlamentar.
Augusto, que também é ouvidor-geral da CMS, mencionou a necessidade de engajar os homens sobre essa chaga social que atinge principalmente as mulheres mais pobres e negras. “ É fundamental que nesta Audiência possamos debater o engajamento dos homens para enfrentar a violência contra as mulheres, sobretudo num contexto de masculinidade tóxica que também prejudica os homens com essa falsa sensação que a virilidade e que a defesa da masculinidade deve vim permeada pelos caminhos da violência, exalando inclusive problemas psíquicos para eles. É evidente que a masculinidade tóxica prejudica principalmente as mulheres, mas também o sexo oposto e atinge em cheio crianças e adolescentes com uma cultura machista carregada em nossa sociedade, estando na raiz dos principais problemas de violência, já que a maior parte das ocorrências são frutos da violência doméstica”_, disse ele.
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