Aconteceu, na manhã
deste sábado (05/02), em frente da Fundação Casa De Jorge Amado, no Pelourinho, a manifestação para denunciar o assassinato de Moïse Mugenyi, congolês violentado brutalmente por três homens no Rio de Janeiro quando ia cobrar o pagamento do serviço prestado. A co vereadora Cleide Coutinho e a assessoria da mandata coletiva Pretas Por Salvador (PSOL/BA) esteve presente no ato, denunciando mais esse caso de racismo e genocídio contra o povo negro.

As Pretas tem atuado desde o início da mandata, usando sua voz e vivência para cobrar por justiça a essas famílias e pela construção de políticas públicas que assegurem os direitos dessa população. Com dados devastadores, de acordo com a Rede de Observatórios da Segurança em 2020, em Salvador, 100% dos mortos pela polícia são negros.

A co-vereadora da Mandata, Cleide Coutinho, relatou a dor de uma mãe que perdeu seus dois filhos, ambos ainda menores de idade, por meio da arma do estado. _“Estou aqui, no ato de justiça pela morte de Moïse, mas eu não posso deixar de usar meu lugar de fala, de uma mãe que perdeu dois filhos, ambos com 17 anos, pelo braço do Estado. A gente segue na luta pedindo justiça pela morte do nosso povo negro que vem sendo assassinado todos os dias”_ disse a parlamentar.

Os atos foram realizados em pelo menos nove capitais do Brasil e em outros dois países. Na capital baiana, a mandata marcou presença junto ao movimento negro de Salvador, nessa agenda nacional da Coalizão Negra por Direitos que preparou uma série de ações para buscar justiça por Moïse, e está denunciando à ONU e ao Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial do mesmo órgão internacional, cobrando providências sobre o assassinato do jovem congolês.

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