Ainda na tarde desta terça-feira (01/03), a co-vereadora da mandata coletiva Pretas Por Salvador (PSOL/BA), Laina Crisóstomo reafirmou por meio de suas redes sociais e entrevista a um portal de notícias, o repúdio do coletivo contra uma postagem extremamente violenta do deputado estadual Capitão Alden (PSL) que se refere às mulheres de esquerda como “p*tas esquerdistas”.
O ataque contra as parlamentares de esquerda aconteceu nesta terça, quando o deputado por meio de suas redes sociais, escreveu uma legenda na publicação de uma notícia, criticando as leitoras que contestaram a ausência de mulheres nas decisões da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
“O veneno chamado esquerda, comunismo, socialismo, é a pior arma de destruição em massa da história! Infelizmente a idiotização e a lavagem cerebral promovidas por meio da cultura e militância nos mais diversos setores, criaram milhões de idiotas úteis. Ao invés de pedir por mais mulheres no espaço de poder, por que essas ‘p*tas esquerdistas’ não se dirigem às filas para alistamento junto às Forças Armadas ucranianas para defender o seu país? A hora é agora! Igualdade, liberdade e fraternidade”, escreveu ele.
Em entrevista, Laina ressaltou seu repúdio ao comentário do deputado, que condiz com a política Bolsonarista, onde as mulheres sofrem diariamente diversos tipos de violência e são vítimas da ausência de políticas públicas inclusivas.
“Nós mulheres não temos medo de fazer os enfrentamentos, seja lá onde for. A questão é que ele não consegue entender as mulheres com capacidade intelectual, que podem pensar, gerir, aconselhar, e quando a gente pensa nas mulheres na gestão, a gente vai ver como as mulheres na gestão fazem a diferença”, disse ela em entrevista.
Por meio de suas redes sociais, Laina reforçou as dificuldades vivenciadas pelas mulheres que atuam no cenário político do país, e destacou a necessidade de um enfrentamento contínuo.
“Para esse mês de março que já começa com notícias tão tristes, que a gente siga fazendo luta e resistência, porque nós mulheres somos sobreviventes de um país extremamente hostil para nós, o quinto em assassinato violento de mulheres. Que não apenas no mês de março, mas no ano inteiro a gente siga viva, lutando, resistindo e ocupando todos os espaços de poder”, fomentou ela.