Na tarde desta segunda-feira (11/04), em evento realizado na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), a mandata coletiva Pretas Por Salvador (PSOL) recebeu o prêmio Amabília Almeida de visibilidade feminina 2022.  Em sua 1ª edição, a premiação visa reconhecer e femenagear mulheres que se destacam na sociedade e colaboram para a defesa dos direitos das mulheres.

Promovido pelo mandato da deputada estadual Fabíola Mansur (PSB), a premiação carrega o nome da educadora e política baiana, Amabília Almeida, grande referência na luta feminista. A iniciativa para o evento, parte do objetivo de reconhecer e femenagear mulheres com atuação destaque em diversas áreas da sociedade, como na educação, saúde, cultura, política, empreendedorismo, agricultura familiar, ciência, tecnologia e outras.

As Pretas, primeira mandata coletiva da história da Bahia e composta por três mulheres negras, as co-vereadoras Laina Crisóstomo, Cleide Coutinho e Gleide Davis, ocupam os espaços de poder através de uma trajetória de luta potente, de enfrentamento diário pela garantia dos direitos das mulheres e em defesa das pautas feministas. Ovacionadas pelo público presente no evento, a mandata recebeu o prêmio de maneira bastante simbólica, pelas mãos da professora e feminista, Sâmara Azevedo, com a canção Povoada de Sued Nunes, que em seguida deu espaço a um discurso emocionante da co-vereadora Laina Crisóstomo.

“Esse prêmio não é um prêmio de Laina, de Cleide e de Gleide, é um prêmio de toda mandata, de reconhecimento a nossa atuação, de reconhecimento ao trabalho que a gente tem feito, porque nós literalmente somos uma cada uma, mas nós não andamos sozinhas, andamos na coletividade e nós construímos a coletividade”, discursou ela.

Marcando a premiação com uma ação representativa e que reafirma uma forma de fazer política em conjunto, as co-vereadoras Laina e Cleide pediram que toda a mandata presente subisse ao palco e compartilhasse da honraria. Em agradecimento, a cor-vereadora Cleide Coutinho também usou do seu momento de fala para destacar a atuação a partir da força do coletivo. 

 “A gente assume essa mandata com um compromisso no movimento social, nós sempre falamos que a gente só cola nas atividades, só vai para os enfrentamentos de bonde, porque é assim que o movimento social nos ensina, é não andar só, é andar acompanhada, eu sou porque nós somos, assim como a companheira Marielle Franco nos ensinou e nós somos sementes de Marielle”, disse ela.

A lista de femenageadas  contempla mulheres que atuam fortemente nas pautas feministas, sendo elas: a mandata coletiva Pretas Por Salvador; a educadora, revolucionária, política e deputada constituinte, Amabília Almeida; a fundadora do coletivo Vai Ter Gorda, Adriana Santos; a criadora do projeto Modativismo, Carol Barreto; a museóloga, gestora cultural, escritora e pesquisadora, Cássia Valle; a professora especializada em Transtorno do Espectro Autista (TEA), Giltânia Aquino; a pedagoga, educadora social e ativista, integra a Rede de Mulheres de Terreiro, Janda Mawusi; fundadora da Wakanda Educação Empreendedora, Karine Oliveira; a deputada federal, ex senadora, prefeita de Salvador, deputada estadual e vereadora de Salvador, Lídice da Mata; a deputada federal em seu 5° mandato, Alice Portugal; a advogada, promotora de Justiça e conselheira do Conselho Nacional de Direitos Humanos – CNDH, Marcia Teixeira; a professora de Matemática da Rede Estadual de Ensino da Bahia, Shirley Costa; a Yalorixà negra, travesti, transfeminista, escritora, educadora social e redutora de danos, Tiffany Odara; o Núcleo da DPE/BA – idealizador do Selo Escola Antirracista, formado pelas defensoras públicas Gisele Aguiar Ribeiro Pereira, Eva dos Santos Rodrigues, Laíssa Souza de Araújo Rocha e a servidora Eduarda Carvalho; a Presidente Rede Mulheres Periféricas de Sto. Amaro, Nancy Figueroa.

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