O coletivo também abriu uma Consulta Pública para criação do Dia Municipal de Atenção a Pessoas com Lúpus

Na manhã desta última segunda-feira (06/06), a mandata coletiva Pretas Por Salvador (PSOL/BA), foi surpreendida pela morte da companheira Nathalia, paciente de Lúpus, que com 35 anos faleceu, deixando uma filha de 15 anos. Reafirmando a importância de se debater o tema e conscientizar a população sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce, As Pretas abriram uma Consulta Pública virtual, para apresentação do Projeto de Lei (PL), que define o dia 10 de maio como Dia Municipal de Atenção a Pessoas com Lúpus em Salvador, data em que já é instituída pela Organização Mundial da Saúde como o Dia Internacional do Lúpus.

A solicitação para criação do Projeto aconteceu na terça-feira (24/05), quando a co-vereadora das Pretas, Laina Crisóstomo, participou de uma Audiência Pública debatendo o tema e ouvindo as reivindicações da Associação Lúpicos Organizados da Bahia (LOBA), integrante da Associação, Nathalia também participou do encontro, falando sobre a dificuldade de acessar os seus direitos enquanto pessoa com Lúpus. Com um relato forte e muito emocionante, a história de Nathalia, ratifica a importância de se debater um tema tão crucial para a vida da população.

“Quando fui diagnosticada com o Lúpus, me disseram que dava para levar uma vida tranquila, mas de tranquila dos meus 25 anos para cá não tem nada. Eu criei diabetes, tomo insulina, e mais onze comprimidos de remédio por dia, não consigo nem sequer o laudo para receber o reuquinol ou o Hidroxicloroquina”, contou ela durante a Audiência.

A criação do PL tem como finalidade conscientizar a população sobre o Lúpus, doença crônica e autoimune, que não tem uma causa conhecida e conta, inclusive, com um processo de difícil diagnóstico. Sabendo que o dia 10 de maio tem uma grande importância e representatividade para os pacientes de Lúpus, as Pretas consideram a data como uma forma de chamar atenção para o impacto que a doença tem sobre as pessoas; na necessidade de melhorar os serviços de saúde; aumentar a pesquisa sobre suas causas e sua cura; diagnosticar e tratar precocemente a doença; melhorar os dados epidemiológicos em nível municipal e obter mais recursos para acabar com o sofrimento causado a esses pacientes e que atinge mais de cinco milhões de pessoas no mundo.

Entre as justificativas para a criação do PL, leva-se em consideração os números de casos registrados da doença na Bahia e o seu difícil diagnóstico. De acordo com dados divulgados pela Secretaria da Saúde do Estado (SESAB), entre 2014 e 2016, ocorreram 7.458 internamentos de pessoas. Nesse mesmo período, houveram 191 óbitos em decorrência do agravamento da doença.

Para participar da consulta pública, basta clicar no link e preencher dos dados: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfb1vYcTADJSXzJLeG2qUy1uBgxwh_m27oMrFC9Bx5BB5cQaA/viewform

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