Nesta quarta-feira (06/07), a co-vereadora da mandata coletiva Pretas Por Salvador (PSOL/BA) e pré-candidata a deputada federal, Laina Crisóstomo, esteve em Teodoro Sampaio (BA) e em Cruz das Almas (BA) para uma agenda potente que debateu temas como Saúde Integrativa da Mulher Preta e o Enfrentamento a Violência contra Mulheres.
Iniciando a agenda na cidade de Teodoro Sampaio, Laina participou de uma roda de conversa no Colégio Estadual Assis Valente, onde dialogou sobre o tema ‘Saúde Integrativa da Mulher Preta’. O evento foi organizado pelo Mandato Popular da vereadora do município Dida Uzêda, atividade que compõe o calendário Julho das Pretas que, em sua 10ª edição, pretende realizar atividades em conjunto com diversas organizações de mulheres, a fim de que sejam abordados temas que coloquem em pauta e no centro do debate político as mulheres negras.
Seguindo para Cruz das Almas, a Câmara Municipal da cidade foi ocupada por mulheres que atuam em defesa do público feminino. Dialogando sobre o tema ‘Juntas no Enfrentamento a Violência contra Mulheres’, a população da cidade teve a oportunidade de ouvir sobre as formas de denúncias, os projetos que contemplam a pauta feminista, bem como as organizações que atendem essas mulheres, a exemplo da ‘Tamo Juntas’, ONG fundada pela co-vereadora Laina Crisóstomo. A roda de conversa foi também composta por lideranças feminista do município, as companheiras Graça Sena, Cláudia Bloise e Mari Brandão e a co-presidenta da Tamo Juntas Letícia Ferreira.
“Se a gente não tem mais mulheres, mais parceiras, parceiros e parceires ocupando a política institucional para pensar políticas públicas e para efetivar essas políticas, não adianta. Nós estamos vivendo um cenário de horror, num estado extremamente crítico para as mulheres, onde os nossos direitos são retirados como se fossem água, se tira o direito das mulheres como se troca de roupa nesse atual governo”, destacou Laina.
Participando do evento e junto com Laina representando a Procuradoria da Mulher na Câmara Municipal de Salvador (CMS), e a Tamo Juntas, Letícia Ferreira, co-presidenta da ONG, ressaltou a necessidade de olhar diferenciado na luta em defesa das mulheres.
“Não temos uma violência contra as mulheres que acontece na política ou dentro de casa de maneira isolada, ela acontece porque existe um eixo de desigualdade, se a gente não percebe que esse eixo precisa ser pautado, discutido nas mais diversas instancias que a gente participa, se não percebemos o quanto ele é fundante das relações sociais e de como essas relações se estruturam, a gente acaba fazendo um combate muito isolado, muito especifico, então a Tamo Juntas vem com esse olhar de que a violência é estrutural e sistêmica”, disse ela.