O prazo para a recolocação da estátua de Mãe Stella de Oxóssi, incendiada em dezembro de 2022, venceu mais uma vez sem que a restituição tenha sido efetuada. A estátua, que foi inaugurada em 2019 em homenagem à Ialorixá do Ilê Axé Opô Afonjá, reafirma a sua importância na luta pela preservação da cultura negra, e em defesa dos povos tradicionais de religiões de matriz africana.

O prazo de 90 dias, estipulado pela prefeitura municipal de Salvador em abril, encerrou-se na última quinta-feira, 13 de julho. A mandata coletiva Pretas Por Salvador (PSOL/BA), por meio de ofício à prefeitura municipal e à Fundação Getúlio Vargas, havia solicitado respostas sobre a restituição da estátua, com a expectativa de que ela fosse recolocada no prazo, o que não aconteceu.

O ataque à imagem de Mãe Stella de Oxóssi foi considerado mais um caso de racismo religioso, um grave problema que persiste com a impunidade dos responsáveis. Em resposta a essa situação, as Pretas publicaram um vídeo em suas redes sociais, com o objetivo de reforçar a cobrança pela recolocação da estátua e ressaltar a importância dela para a comunidade de religiões de matriz africana, bem como para a luta do povo preto em geral.

O prefeito de Salvador declarou à imprensa que a inauguração da estátua estaria prevista para essa última terça-feira, dia 25. No entanto como esse segundo prazo também foi vencido, a Mandata das Pretas foi a público exigir um retorno oficial a fim de que as autoridades responsáveis cumpram o compromisso acordado

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