A Mandata Coletiva Pretas Por Salvador se reuniu com professoras e coordenadoras do Coletivo de Coordenadoras da Rede Municipal da cidade para dialogar sobre a deficiência de estrutura e possíveis consequências do retorno às aulas, bem como para colaborar na visibilidade do debate perante a comunidade e aos poderes públicos.
Uma das preocupações apontadas, tanto por trabalhadoras e trabalhadores da educação, quanto pelas famílias dos alunos é a ausência de um plano de imunização em massa, tanto a nível nacional, quanto estadual e municipal.
A reunião aconteceu na manhã deste sábado (01/05), de forma virtual, à convite do Coletivo de Coordenadores de Escolas Municipais, que busca apresentar suas preocupações ao legislativo municipal.
“Agradeço demais a vocês das Pretas por Salvador pela prontidão e brevidade em atender a gente, em menos de 24h após enviarmos a carta. Pelo menos 173 colegas da área da educação, no Estado da Bahia, perderam a vida por conta desse vírus. É um verdadeiro absurdo submeter a categoria de educadores a volta às aulas presencial sem a população estar vacinada”, disse a coordenadora e professora, também membro do Coletivo de Coordenadoras, Marcia Medeiros.
“Pedimos apoio às Pretas para desenvolver uma audiência pública, a fim de contrapor a volta às aulas nesse momento onde não há vacina para todo mundo”, incrementou coordenadora pedagógica e membro do Coletivo de Coordenadoras, Nara Virgínia.
Com um posicionamento totalmente contra a volta às aulas, as Pretas Por Salvador tem evidenciado o seu posicionamento frente a essa irresponsabilidade liderada pela prefeitura de Salvador. Reconhecendo a importância do tema e, excepcionalmente, por compreender a necessidade de ouvir diretamente de quem sente na pele a ameaça de ter que voltar ao trabalho, correndo risco de vida, é que Mandata se prontificou e se colou à disposição para colaborar na visibilidade desta luta.
“A gente entende toda a necessidade e gravidade da situação e, estando em um lugar de representatividade do povo, nos colocamos à disposição e de portas abertas para ouvir a população. Fomos eleitas para cuidar da população de Salvador e fazer todo enfrentamento de luta. O nosso posicionamento, desde o início dos debates, tem sido contra o retorno das aulas presenciais pois, enquanto não houver imunização em massa, sabemos que este retorno é perverso e irresponsável, podendo causar o agravamento da contaminação. Na sessão da Câmara Municipal de Salvador desta semana, através da voz da co-vereadora Laina Crisóstomo, que nos representa naquele espaço, pontuamos essa problemática. Buscaremos, em diálogo com a Câmara Municipal de Salvador, garantir que as e os trabalhadores da educação sejam ouvidos o mais rápido possível”, detalhou a co-vereadora da Mandata Pretas Por Salvador, Cleide Coutinho.

Categorias: Notícias