A semana da Mandata Coletiva Pretas Por Salvador (PSOL/BA), foi agitada. Entre as atividades, destaca-se a realização do Webinar sobre o tema Legalidade e a Regulamentação dos Mandatos Coletivos, veiculado no Canal do Youtube, do IREE TV. Além da co-vereadora da Mandata Pretas Por Salvador, Laina Crisóstomo, o diálogo contou com a presença da Co-deputada da Mandata Coletiva Juntas (ALEPE), Jô Cavalcanti, o Coordenador de Direitos Humanos do IREE, Yuri Silva, o Advogado e membro da Comissão de Direito Parlamentar da OAB/PE, Pedro Lavor e também do Deputado Federal (PT-SE) e autor da Lei de regulamentação dos Mandatos Coletivos, João Daniel.
Na reunião, foram abordados diversos assuntos e, quem acompanhou pôde esclarecer dúvidas sobre como funciona a modalidade de mandatos coletivos, bem como conhecer a história da Mandata Coletiva Pretas Por Salvador e os desafios enfrentados por elas, desde o período da campanha eleitoral.
“É algo novo e isso desperta muita curiosidade nas pessoas. Os desafios são muito grandes. Mesmo porque, temos uma Câmara em Salvador com 43 cadeiras e dessas, apenas 8 são oposição. E nós defendemos pautas que são inegociáveis, como por exemplo a ‘Libertação dos Nossos Corpos’, a ‘Descriminalização do Aborto’, ‘Negritude’, ‘A Perspectiva de Combate de Violência Contra a Mulher’, entre outros assuntos. Somente por isso aí, não é um processo simples. Mas temos alcançado o nosso espaço. Eu acredito que é um processo de legitimidade. Pode não está na Lei, mas isso já está no processo. Porque quando fizemos a campanha, explicávamos as pessoas que vai tá somente uma foto na urna, mas todo processo de decisão e escolha de tudo e qualquer coisa será feito pelas três. E é exatamente assim, inclusive nas tomadas de decisões, dos recursos, das tarefas do gabinete e etc”, explicou Laina.
Para além da aproximação e abertura de canais de diálogo entre representantes e povo, os mandatos coletivos buscam mecanismos de inclusão da sociedade nos processos de decisão e o aumento do seu poder de influência e interferência dentro dos espaços políticos. É uma oportunidade de construir uma política exatamente diferente do modelo tradicional. “É fundamental que cresça e fortaleça a ideia e a importância da política como projeto coletivo, como projeto social, e não como projeto individual. No dia da diplomação, receber o diploma, diretamente da mãos do presidente do Tribunal, teve e tem uma representatividade grande para nós. Ele entrega a mim, porque o nome era o meu, mas ele faz questão que as três estejam presentes. E isso foi um divisor de aguas para nós, sabe? Isso é um processo de reconhecimento da luta e também de resistência. Ser a primeira mandata coletiva de Salvador, traz muitos debates e responsabilidade para nós. A gente entende que precisamos sempre explicar o que é e o que somos para que mais pessoas conheçam a proposta, explicar o exercício do poder, explicar o que é a mandata coletiva, mas é preciso também fazer os enfrentamentos internamente, porque a burocracia tenta nos limitar diante daquilo que precisamos fazer e o que é melhor para a cidade”, concluiu Laina.

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